Capitulo 3 – Arroz, feijão, refeição completa?
E as vitaminas?
Os historiadores nos contam
que, em todo o sertão nordestino, o trabalhador levava, para a jornada de
trabalho ou para a viagem, um saquinho com paçoca: carne assada e farinha de mandioca, pisadas no
pilão. O mantimento histórico do
bandeirante era a paçoca. Essa era produzida utilizando-se a mandioca,
geralmente plantada pelos índios.
A carne era obtida nas
caçadas. Com o tempo, a paçoca foi mudando. Na Amazônia, passou a ser feita com
castanha-do-pará e de caju; no Ceará, com banana; em São Paulo, usa-se paçoca
de carne e de amendoim. No Rio Grande do Sul, é alimento feito de carne seca e
farinha de mandioca ou milho piladas conjuntamente, constituindo-se uma espécie
de conserva, muito própria para as viagens do sertão. Em cada região, as
receitas variavam, mas em todas havia uma coisa em comum: carne e farinha de mandioca. Podemos dizer, assim, que o farnel de viagem e
trabalho no Brasil constava de: carne
e farinha de mandioca.
Vamos pesquisar que tipo de
nutrientes encontramos no farnel de viagem?
Atividade 7
Utilizando a tabela de
alimentos a seguir, responda que tipo de nutrientes encontraríamos no farnel de
viagem dos brasileiros em séculos passados, a quantidade de cada nutriente e o
valor calórico.
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Câmara Cascudo, ao elaborar a
história da alimentação no Brasil, indica que o feijão e as favas já faziam
parte da alimentação do indígena, por eles chamados de cumandá. Desde o século
XIII, há documentos referentes a feijão em Portugal. Os primeiros brasileiros,
filhos de portugueses, ameríndios e africanos, no século XVIII passaram a
considerar o feijão o prato nacional
por excelência. “O feijão era a refeição, o sustento, a força
promotora da energia humana.”
Atualmente, o Brasil é o
segundo produtor mundial de feijão, produzindo 2,5 milhões de toneladas/ano. Há
décadas, no Brasil, feijão com arroz tem sido considerado por muitos como comida de pobre. A marmita de muitos trabalhadores geralmente é
constituída por arroz, feijão e ovo frito. Feijão com arroz é uma comida com
baixo valor nutricional?
Atividade 8
Utilizando a tabela anterior,
responda:
Se você ingerir 100g de
feijão carioca, sem tempero, quais nutrientes estaria ingerindo? Quantas
calorias (kcal) estariam sendo produzidas ao serem ingeridas as 100g?
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Com o desenvolvimento da
ciência, a dobradinha arroz-feijão consolidou-se como de grande valor
nutricional. Borka Beatriz realizou uma pesquisa na UNICAMP com sementes
cozidas de 7 tipos de feijão: jalo, radiante (rajado), vereda (rosa), pérola
(carioca), timbó (roxinho), valente (preto) e ouro (branco). Sabe a que
conclusão ela chegou? As variedades carioca, preto, branco
e rosa são as mais nutritivas porque apresentam maior valor de proteínas e de sais minerais, principalmente de cálcio, mas feijão também contém magnésio, cobre
e zinco.
Para a pesquisadora, “todas
as leguminosas apresentam deficiência de um ou mais aminoácidos, componentes
essenciais das proteínas, porém a inclusão na refeição de arroz, milho ou
macarrão leva a um balanço adequado de proteínas e, sem prejuízos alimentares,
não exige um consumo constante de carnes”. O cálcio ajuda a evitar a
osteoporose. Outra semente que contém cálcio é a soja.
Atividade 9
Reúna-se em grupo e verifique
o que comeu na última refeição. Faça uma lista com o nome dos alimentos que
comeu e, consultando a tabela, indique quais os nutrientes que ingeriu. Compare
com a dos seus colegas. Que tipo de nutriente predominou na refeição?
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Como já vimos anteriormente,
numa refeição equilibrada, precisamos de vários tipos de nutrientes. Já
estudamos carboidratos, proteínas, lipídeos e sais minerais. Agora vamos
focalizar as vitaminas. As vitaminas são chamadas de micronutrientes, pois o
organismo precisa delas em pequena quantidade. As vitaminas são necessárias,
pois ajudam a acelerar transformações químicas no organismo, o chamado
metabolismo.
Existem vários tipos de
vitaminas: A, B1, B2, B6, B12, C, D, E e K. Cada vitamina exerce uma função
diferente no corpo. Por exemplo, a vitamina A influi na visão, no crescimento
dos dentes e dos ossos. Encontramos vitamina A nas gorduras, gema de ovo,
manteiga, legumes amarelos e verdes etc.
A vitamina D, por exemplo,
propicia a absorção de cálcio e fósforo.
A vitamina C é uma das mais
conhecidas. É também chamada de ácido L-ascórbico e, no organismo, tem uma
função protetora como antioxidante. Colabora na manutenção da resistência a
doenças bacterianas e virais, na formação de ossos e dentes. Previne o
escorbuto, uma doença nas gengivas que dá feridas na boca.
Na nossa alimentação,
encontramos várias fontes de vitamina C.
Veja a tabela.
Atividade 10
Olhando a tabela, que conclusões você pode tirar?
A. Qual a fruta que tem mais vitamina C em 100 g ?
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B. Compare a quantidade de vitamina C presente em 100 g de manga verde e em 100 g de manga madura. Qual a
conclusão que se pode tirar?
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C. Compare a quantidade de vitamina C presente em 100 g de brócolis cru e
cozido. Qual a conclusão que se pode tirar?
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